18 de abril de 2012

Pacientes transferidos do Hospital João Paulo II para o Hospital Santa Marcelina prometem bloquear BR por cirurgias




Os pacientes transferidos do Pronto Socorro João Paulo II para o hospital da Irmãs Santa Marcelina, no quilômetro 17 da BR-364 (Candeias) afirmam que saíram do inferno para o céu. Cansados de esperar – alguns há mais de 30 dias – por cirurgia no João Paulo II, os parentes afirmam que só vão aguardar a realização do que eles já denominaram de ‘mentirão’ das cirurgias ortopédicas (numa clara alusão às promessas não realizadas de se fazer o mutirão de cirurgias ortopédicas) até quinta-feira, dia 19. Caso não aconteça, eles prometem colocar os doentes sobre a BR-364, interditando-a até que o Governo lhes dê um tratamento digno.
Essas foram as afirmações ouvidos pelos conselheiros do Conselho Regional de Medicina de Rondônia (Cremero), que fiscalizaram, na última segunda-feira, as condições em que os pacientes foram transferidos e como eles estavam acomodados. A presidente do Cremero, médica Maria do Carmo Wanssa, que participou da fiscalização, declara que as instalações da Santa Marcelina são o que na verdade deveria ser a rede pública, ‘tudo muito limpo, organizado e com atendimento humanizado”, observa.
Lamento que apesar da aparente boa intenção dos gestores da Saúde estadual, a transferência já começou de forma errada e irregular. Para começar, transferiram pacientes seqüelados em ônibus ao invés de ambulância, aumentando ainda mais o sofrimento dessas pessoas”, disse ele, acrescentando que outra irregularidade na transferência é o fato de as irmãs não ter assinado nenhum documento.
Segunda a irmã Lina, diretora do hospital Marcelo Cândia, o secretário estadual de Saúde, esteve pessoalmente com ela para acertar a transferência dos pacientes e ficou de levar o termo de ajustamento de conduta assegurando o pagamento pela prestação do serviço, mais até a segunda-feira só os pacientes chegaram.
Durante a fiscalização, eu e Maria do Carmo Wanssa conversamos com vários pacientes, e constatamos que a maioria dos traumatizados já aguardavam há mais de 15 dias no João Paulo II e, alguns, já aguardando há 15 dias também no Santa Marcelina.

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