A boa reputação do médico é a pedra de toque do seu poder de cura.
Nenhuma outra profissão exige maior credibilidade que a médica. Destaque-se, desde logo, que a exigência de boa conduta transcende aos atos médicos. Não há como dissociar, neste mister, o pessoal do profissional.
Cai em desgraça o médico quando sua má fama ganha repercussão através da mídia. Há médicos de respeitável saber que caem em descrédito porque agem mal como pessoa, praticam atos que não se coadunam com alguém em quem se possa confiar. Por outro lado, há aqueles que socialmente se mostram respeitáveis mas que, por deficiência de formação profissional, perpetram terapias danosas aos pacientes que assistem. Esses também pagarão, mais cedo ou mais tarde, o tributo que devem à sociedade por sua conduta inadequada. Não há como fazer de um mau cidadão um bom médico.
"É mais fácil suportar uma consciência pesada do que uma má reputação", escreve Friedrich Nietzsche, o niilista. Os estragos que a má reputação provoca na vida de um médico suprimem-lhe o maior substrato que dispõe para o êxito profissional: a credibilidade. Para que serve um médico no qual não se pode confiar? Certamente para trazer mais apreensões e dúvidas a quem dele precisa, como nunca, de certezas.
Desde o nascimento da medicina, Hipócrates demonstrou preocupação com o comportamento de seus discípulos. Suas recomendações iam ao detalhes de como se comportar, vestir e se expressar socialmente. Estabeleceu em seu lapidar juramento o alicerce das normas éticas que deveriam nortear as atitudes do médico. O artigo 4º do Código de Ética Médica, por exemplo, chama atenção para a necessidade de "zelar e trabalhar pelo perfeito desempenho ético da Medicina e pelo prestígio e bom conceito da profissão".
Ações deletérias orquestradas pela mídia para difamar o médico atingem muito além da individualidade difamada, pois "corrompem a capacidade de cura dos médicos", como lembra Bernard Lown. E mais: cada vez que as pessoas desacreditam nos médicos, ministros da medicina, perdem a esperança de que esta ciência possa devolver-lhes a saúde. Isto provoca desalento, desamparo, medo, desesperança e, por vezes, em situações com risco de vida, desespero. O médico que deliberadamente junta-se a esses maledicentes para crucificar seus colegas, mormente quando com propósitos escusos de autopromoção, deveria merecer repúdio da classe e punições éticas e legais. Toda acusação contra um médico deve fundamentar-se em fato concreto e embasar-se em pressupostos éticos que visem resguardar a sociedade dos maus profissionais.
Preservar a boa reputação, em relação a si e a seus colegas, é mais que um dever ético do médico. É um dever humanitário. Porque a crença – por parte dos pacientes – no médico é um dos mais poderosos meios de que o mesmo dispõe para curar, aliviar e consolar seus enfermos.
Nenhuma outra profissão exige maior credibilidade que a médica. Destaque-se, desde logo, que a exigência de boa conduta transcende aos atos médicos. Não há como dissociar, neste mister, o pessoal do profissional.
Cai em desgraça o médico quando sua má fama ganha repercussão através da mídia. Há médicos de respeitável saber que caem em descrédito porque agem mal como pessoa, praticam atos que não se coadunam com alguém em quem se possa confiar. Por outro lado, há aqueles que socialmente se mostram respeitáveis mas que, por deficiência de formação profissional, perpetram terapias danosas aos pacientes que assistem. Esses também pagarão, mais cedo ou mais tarde, o tributo que devem à sociedade por sua conduta inadequada. Não há como fazer de um mau cidadão um bom médico.
"É mais fácil suportar uma consciência pesada do que uma má reputação", escreve Friedrich Nietzsche, o niilista. Os estragos que a má reputação provoca na vida de um médico suprimem-lhe o maior substrato que dispõe para o êxito profissional: a credibilidade. Para que serve um médico no qual não se pode confiar? Certamente para trazer mais apreensões e dúvidas a quem dele precisa, como nunca, de certezas.
Desde o nascimento da medicina, Hipócrates demonstrou preocupação com o comportamento de seus discípulos. Suas recomendações iam ao detalhes de como se comportar, vestir e se expressar socialmente. Estabeleceu em seu lapidar juramento o alicerce das normas éticas que deveriam nortear as atitudes do médico. O artigo 4º do Código de Ética Médica, por exemplo, chama atenção para a necessidade de "zelar e trabalhar pelo perfeito desempenho ético da Medicina e pelo prestígio e bom conceito da profissão".
Ações deletérias orquestradas pela mídia para difamar o médico atingem muito além da individualidade difamada, pois "corrompem a capacidade de cura dos médicos", como lembra Bernard Lown. E mais: cada vez que as pessoas desacreditam nos médicos, ministros da medicina, perdem a esperança de que esta ciência possa devolver-lhes a saúde. Isto provoca desalento, desamparo, medo, desesperança e, por vezes, em situações com risco de vida, desespero. O médico que deliberadamente junta-se a esses maledicentes para crucificar seus colegas, mormente quando com propósitos escusos de autopromoção, deveria merecer repúdio da classe e punições éticas e legais. Toda acusação contra um médico deve fundamentar-se em fato concreto e embasar-se em pressupostos éticos que visem resguardar a sociedade dos maus profissionais.
Preservar a boa reputação, em relação a si e a seus colegas, é mais que um dever ético do médico. É um dever humanitário. Porque a crença – por parte dos pacientes – no médico é um dos mais poderosos meios de que o mesmo dispõe para curar, aliviar e consolar seus enfermos.
Hiran Gallo
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