19 de outubro de 2011

Médicos e servidores pressionam e Governo recua na tentativa de privatizar a Saúde




" Não existe almoço grátis. As organizações sociais são a contramão da qualidade e eficiência no serviço público. No início elas chegam prometendo o céu e a terra, mas depois..."





O Dia do Médico (18 de outubro) em Rondônia foi de mobilização da categoria junto com outros trabalhadores da saúde, como os enfermeiros e servidores de áreas afins, que se reuniram em audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado para debater as propostas do Governo do Estado de privatizar os serviços de saúde

“Oferecer uma saúde de qualidade é questão de cidadania e dignidade para a população, sobretudo a menos favorecida”, Estou decepcionado com os rumos que o Governo vem tentando dar ao setor de saúde.
A audiência pública foi prestigiada por dirigentes das três entidades médicas de Rondônia (Conselho Regional de Medicina, Associação Médica e Sindicato Médico de Rondônia) e teve a presença de pelo menos 15 deputados, dos 24 que têm assento no parlamento, além de profissionais da enfermagem e dezenas de servidores da saúde mobilizados pelo Sindsaúde. Também contou com a presença do conselheiro Paulo Curi Neto, do Tribunal de Contas, da procuradora Érika Patrícia Saldanha, do Ministério Público de Contas e do subprocurador-geral de Justiça Gilberto Barbosa, e do presidente do Conselho Estadual de Saúde, Raimundo Nonato.
Volto a afirmar que não faltam recursos para a saúde. “O que é preciso é gerir com honestidade, lisura e evitar desperdício dos recursos que temos”, a proposta de parcerias com organizações sociais ou ONGs, que não se faz saúde de qualidade confundindo o público com o privado. Isso, é o que poderá ocorrer em Rondônia, caso a Assembléia Legislativa avalize os projetos do Governo para o setor de saúde.
Diante da opinião unânime dos presentes contra a proposta de privatização ou terceirização dos serviços de saúde em Rondônia, o secretário de Saúde, Orlando Ramirez, demonstrou sensatez ao interromper um assessor da Sesau que fazia uma explanação para propor a retirada dos projetos do Governo de pauta, para uma ampla discussão com todas as partes envolvidas no assunto.
É lamentar a condução que o governador Confúcio Moura escolheu dar a saúde. “Sendo ele um médico, é claro que não é isso que nós, classe médica e trabalhadores da saúde, esperávamos dele. Mas esperava que a partir de sua posse teríamos planejamento e mais seriedade no setor de saúde do estado. Infelizmente, não é isso que estamos assistindo”
A presidente do Conselho Regional de Medicina de Rondônia médica Maria do Carmo Wanssa, que trabalha na saúde pública de Rondônia há cerca de 30 anos, lamentou ao final da audiência que os médicos não tenha nada a comemorar neste 18 de outubro, em que se comemora o seu dia.

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