31 de julho de 2011

FISCALIZAÇÃO AO ÚNICO HOSPITAL DE EMERGÊNCIA DE MACEIÓ - ALAGOAS





Conselho Federal de Medicina e toda sua diretoria atende o convite do presidente do Conselho Regional de Medicina de Alagoas. Fez parte da nossa agenda, visita ao único Hospital de Emergência de Maceió – HGE em 29/11/2011.
Encontramos pacientes a mais do que o número de leitos. Esse excedente, distribuído pelos corredores, em condições desumanas e impróprias para uma recuperação digna, gerando dificuldade também para os médicos. Causou-me espanto pela nova nomenclatura “Leito Corredor” dada pelo diretor geral do hospital, pasmem o mesmo define, “ são os pacientes que se encontram em macas nos corredores do hospital ". Segundo o artigo 196 da Constituição Federal, "a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação". Muito bonita a teoria, mas, para transformá-la em prática, são necessários recursos e vontade política.
Verificamos mais uma vez que, a dignidade do povo brasileiro que necessita da Rede de Saúde Pública, foi pro ralo".
Quero agradecer a excelente recepção nos dada pelo presidente Dr. Fernando e por todo corpo conselhal de Alagoas.

28 de julho de 2011

Bons Tempos

Não posso deixar de publicar esse post, tenho poucas fotos de criança, Viriato me presenteou com esta antiga, e me deixou emocionado, "bons tempos aqueles meu irmão".







Viriato, Eu e o Jose Roberto em nossa casa na Jose do Patrocinio.











QUERIDO MANO HIRAN, PARABENIZO - O PELOS SEUS 6.0, AINDA HA POUCOS ANOS ÉRAMOS ASSIM. DESEJO -TE, SAÚDE, PAZ E TODOS OS SONHOS REALIZADOS

27 de julho de 2011




JAMAIS VI O PRESIDENTE AMERICANO INAUGURANDO OBRAS, NEM FAZENDO PROPAGANDA DE CONSTRUÇÃO DE HOSPITAIS E ESTRADAS. INVESTIMENTO EM MORADIA, ESTRADAS, EDUCAÇÃO E SAÚDE, É UMA OBRIGAÇÃO DO ESTADO. É COMO SER HONESTO OU DEVOLVER ALGO QUE NÃO NOS PERTENCE SÃO ATITUDES ESPERADAS E NÃO MERECEM COMEMORAÇÃO.







"As idéias são mais letais que as armas"








VAI UM CAFÉ AI?





“Um homem é o que ele lê, come e bebe na vida.
Logo deve escolher a melhor leitura, a melhor comida
e a melhor bebida, o café…”
Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832)






O CAFÉ,


uma das minhas paixões, não resisto um bom cafezinho, coado ou expresso, sozinho ou acompanhado por um belo pedaço de bolo de laranja ou fubá.



Sou um amante dessa bebida, quando estive na Espanha, fui a um café chamado "LA AVENTURA DEL CAFÉ, e estava escrito na parede uma homenagem à esta deliciosa bebida;



NEGRO COMO EL DIABLO

CALIENTE COMO EL INFERNO

PURO COMO UM ANJEL

DULCE COMO EL AMOR

Eu poderia completar ainda, DOCE COMO UM BEIJO ROUBADO, resumindo, sou fascinado também pelo assunto café e toda a sua trajetória até os dias atuais. Nos links ao final do post; tem desde curiosidades, história, composição química, diferentes tipos, benefícios, vale apena conferir;



A lenda do café

Uma das lendas mais aceitas e divulgadas é a do pastor Kaldi, que viveu na Absínia, hoje Etiópia, há cerca de mil anos. Ela conta que Kaldi, observando suas cabras, notou que elas ficavam alegres e saltitantes e que esta energia extra se evidenciava sempre que mastigavam os frutos de coloração amarelo-avermelhada dos arbustos existentes em alguns campos de pastoreio. O pastor notou que as frutas eram fonte de alegria e motivação, e somente com a ajuda delas o rebanho conseguia caminhar por vários quilômetros por subidas infindáveis.

Kaldi comentou sobre o comportamento dos animais a um monge da região, que decidiu experimentar o poder dos frutos. O monge apanhou um pouco das frutas e levou consigo até o monastério. Ele começou a utilizar os frutos na forma de infusão, percebendo que a bebida o ajudava a resistir ao sono enquanto orava ou em suas longas horas de leitura do breviário. Esta descoberta se espalhou rapidamente entre os monastérios, criando uma demanda pela bebida. As evidências mostram que o café foi cultivado pela primeira vez em monastérios islâmicos no Yemen.

Os primeiros cultivos de café

A planta de café é originária da Etiópia, centro da África, onde ainda hoje faz parte da vegetação natural. Foi a Arábia a responsável pela propagação da cultura do café. O nome café não é originário da Kaffa, local de origem da planta, e sim da palavra árabe qahwa, que significa vinho. Por esse motivo, o café era conhecido como “vinho da Arábia” quando chegou à Europa no século XIV.

O café tornou-se de grande importância para os Árabes, que tinham completo controle sobre o cultivo e preparação da bebida. Na época, o café era um produto guardado a sete chaves pelos árabes.

A partir de 1615 o café começou a ser saboreado no Continente Europeu, trazido por viajantes em suas freqüentes viagens ao oriente.

Foram os holandeses que conseguiram as primeiras mudas e as cultivaram nas estufas do jardim botânico de Amsterdã, fato que tornou a bebida uma das mais consumidas no velho continente, passando a fazer parte definitiva dos hábitos dos europeus. Os holandeses ampliavam o cultivo para Sumatra, e os franceses, presenteados com um pé de café pelo burgomestre de Amsterdã, iniciavam testes nas ilhas de Sandwich e Bourbon.

Com as experiências holandesa e francesa, o cultivo de café foi levado para outras colônias européias. O crescente mercado consumidor europeu propiciou a expansão do plantio de café em países africanos e a sua chegada ao Novo Mundo. Pelas mãos dos colonizadores europeus, o café chegou ao Suriname, São Domingos, Cuba, Porto Rico e Guianas. Foi por meio das Guianas que chegou ao norte do Brasil. Desta maneira, o segredo dos árabes se espalhou por todos os cantos do mundo.

A cultura da bebida café


O hábito de tomar café foi desenvolvido na cultura árabe. No início, o café era conhecido apenas por suas propriedades estimulantes e a fruta era consumida fresca, sendo utilizada para alimentar e estimular os rebanhos durante viagens. Com o tempo, o café começou a ser macerado e misturado com gordura animal para facilitar seu consumo durante as viagens.

Em 1000 d.C., os árabes começaram a preparar uma infusão com as cerejas, fervendo-as em água. Somente no século XIV, o processo de torrefação foi desenvolvido, e finalmente a bebida adquiriu um aspecto mais parecido com o dos dias de hoje. A difusão da bebida no mundo árabe foi bastante rápida. O café passou a fazer parte do dia-a-dia dos árabes sendo que, em 1475, até foi promulgada uma lei permitindo à mulher pedir o divórcio, se o marido fosse incapaz de lhe prover uma quantidade diária da bebida. A admiração pelo café chegou mais tarde à Europa durante a expansão do Império Otomano.

As cafeterias

Foi em Meca que surgiram as primeiras cafeterias, conhecidas como Kaveh Kanes. Cidades como Meca, eram centros religiosos para reza e meditação e a religião muçulmana proibia o consumo de qualquer tipo de bebida alcoólica. Desta forma, os Kaveh Kanes se transformaram em casas onde era possível se passar à tarde conversando, ouvindo música e bebendo café. A bebida conquistou Constantinopla, Síria e demais regiões próximas. As cafeterias tornaram-se famosas no Oriente pelo seu luxo e suntuosidade e pelos encontros entre comerciantes, para a discussão de negócios ou reuniões de lazer.

O café conquistou definitivamente a Europa a partir de 1615, trazido dos países árabes por comerciantes italianos. O hábito de tomar o café, principalmente em Veneza, estava associado aos encontros sociais e à música que ocorriam nas alegres Botteghe Del Caffè. Em 1687 os turcos abandonaram várias sacas de café às portas de Viena, após uma tentativa frustrada de conquista, e estas foram usadas como prêmio pela vitória. Assim é aberta a primeira coffee house de Viena e difundido o hábito de coar a bebida e bebê-la adoçada com leite – o famoso café vienense.

As cafeterias desenvolveram-se na Europa durante o século XVII, enquanto florescia o Iluminismo e se planejava a Revolução Francesa. Durante tardes inteiras, jovens reuniam-se em torno de várias xícaras de café, discutindo o destino das nações, declamando poemas, lendo livros ou simplesmente passando o tempo. Atualmente, algumas casas famosas como o Café Procope, em Paris, e o Café Florian, em Veneza, ainda preservam o glamour dessa época.

Até hoje os cafés são locais onde pessoas se reúnem para discutir assunto importantes ou simplesmente passar o tempo, sendo o ritual do cafezinho uma tradição que sobreviveu a todas as transformações.

Nos últimos anos, houve uma onda provocada pelas modernas máquinas de café expresso, que revolucionaram o hábito do cafezinho, permitindo um crescimento vertiginoso das cadeias de lojas de café.

O café brasileiro na atualidade

Atualmente o Brasil é o maior produtor mundial de café, sendo responsável por 30% do mercado internacional de café, volume equivalente à soma da produção dos outros seis maiores países produtores. É também o segundo mercado consumidor, atrás somente dos Estados Unidos.

As áreas cafeeiras estão concentradas no centro-sul do país, onde se destacam quatro estados produtores: Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo e Paraná. A região Nordeste também tem plantações na Bahia, e da região Norte pode-se destacar Rondônia.


Fonte:
◦História do café: http://www.abic.com.br/scafe_historia.html#lenda

◦Café e saúde: http://www.abic.com.br/sabor_cafe.html Discute a composição do café e seus benefícios para o ser humano. Vale a pena conferir!!

◦Dicas de preparação: http://www.abic.com.br/scafe_dicas.html

◦Receitas: http://www.abic.com.br/scafe_receitas.html Hummmmm!!

◦Cafeterias: http://www.coffeebreak.com.br/saborcafe.asp?SE=1

◦Curiosidades: http://www.abic.com.br/scafe_curiosidades.html Algumas inusitadas!!

◦Jogos e Passatempos: http://www.abic.com.br/jogos/index.html

◦http://www.cafeesaude.com.br/ Um site muito bom, que merece ser visitado!

◦http://www.abic.com.br/ Idem.





BOM CAFEZINHO!

DENUNCIA LEVA PRISÃO DE TRÊS PESSOAS POR EXERCICIO ILEGAL DE OFTALMOLOGIA NO MUNICIPIO DE JÍPARANÁ - RONDÔNIA




Cinco óticas foram vistoriadas e, em três, foram constatados existência de consultórios oftalmológicos, com oftalmoscópio e outros aparelhos de uso exclusivo de oftalmologistas.
Encontramos receitas de óculos e de lente de contato, além de fichários com relação de atendimentos e receituário efetuados por optometristas que foram todos apreendidos pela vigilância sanitária.
A fiscalização foi composta pela presidente Maria do Carmo Wanssa, conselheiros federais, Manuel Lamego, eu Hiran Gallo, pelos conselheiros regionais do CRM-RO, Luiz Carlos Souza Pereira e Valter Ângelo Rodrigues; e, representando a Sociedade Rondoniense de Oftalmologia, a oftalmologista Renata Campos Sales, além da vigilância sanitária estadual e municipal de Ji-Paraná e agentes da policia federal. Foi realizada a partir de denúncias de médicos oftalmologistas daquele município e de pessoas que foram atendidas por essas óticas que inclusive apresentavam problemas sérios de visão após a consulta.
Os presos vão responder a inquérito na Polícia federal por exercício ilegal da profissão.
Nos próximos dias, o Conselho Regional de Medicina encaminhará relatório sobre a fiscalização realizada em Ji-Paraná ao Conselho Federal de Medicina, Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual, Câmara de Vereadores de Ji-Paraná, à OAB e à própria Polícia Federal, conselho estadual de saúde e secretaria de saúde que o terá como subsídio para a conclusão do inquérito policial. Estão previstas novas ações desse âmbito em outras cidades.
O objetivo dessa fiscalização e outras que estão por vir, é fiscalizar e combater o exercício ilegal da medicina, defendendo a população que credita seu bem-estar e sua saúde nas mãos de pessoas não capacitadas para o exercício médico .



Hiran Gallo



AGENDA

ATIVIDADES PARA AS PROXIMAS SEMANAS:
02.02 (quinta-feiSra) 16h - Rio de Janeiro - Solenidade de posse do Dr. André Longo na ANS
03.02 (sexta-feira) 9h - Maceió - I Encontro do Departamento de Fiscalização do CREMAL
03.02 (sexta-feira) à tarde - Maceió - Visita às Unidades de Saúde
07.02 (terça-feira) - 9h - CFM - Reunião da Diretoria do CFM com os Presidentes de CRMs
08, 09 e 10 - CFM - Sessão Plenária
14.02 (terça-feira) 15h - CRM-ES - Reunião da Diretoria do CFM
14.02 (terça-feira) 19h - CRM-ES - Reunião da Diretoria com o plenário do CRM-ES
28.02 (terça-feira) 9h - CFM - Reunião com os Conselheiros Suplentes
29.02 (quarta-feira) - 19h - CRM-DF - Reunião com o Plenário do CRM-DF

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Conselho Federal de Medicina realizará, no dia 20 de setembro de 2011, das 8h30 às 17h, no auditório Petrônio Portella, no Senado Federal, o Seminário: A Atual conjuntura da medicina brasileira e a necessidade de sua regulamentação.

Caso V. Sa. tenha interesse em participar do evento, solicitamos que informe por meio do correio eletrônico comissoes@portalmedico.org.br ou pelos telefones 3445-5957/5988/5917/5974, com as servidoras do Departamento de Comissões e Câmaras Técnicas, Claudia, Dulce, Kelly ou Adélia.

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Café da manhã com parlamentares - 21/09/2011
Participantes: Senadores, Deputados Federais, Conselheiros Federais e Regionais de Medicina
Local: Restaurante da Câmara dos Deputados, Anexo IV, 10º andar
Horário: das 08h às 10h
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SEMANA DA INTEGRAÇÃO
Segunda (25) no anfiteatro do bloco de medicina da UNIR,
09:35 – PALESTRA –
A Semana de Integração é um evento tradicional, realizado pelos próprios acadêmicos do 3º período, tendo como principal objetivo a recepção aos calouros.
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AGOSTO - II CONGRESSO BRASILEIRO DIREITO MÉDICO
CIDADE - SALVADOR DATA - 16/17/AGOSTO/ 2011
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Pela Executiva da Frente Parlamentar da Saúde

PARTICIPE:
Data: 24 de agosto – 4.ª feira

Horário: 10h

Local: Plenário 7 – Anexo II – Corredor das Comissões – Câmara dos Deputados
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I CONGRESSO BRASILEIRO DE POLÍTICAS MÉDICAS DO CFM/CRMs

DATA: 14, 15 e 16.09.2011

LOCAL: Hotel Armação - Porto de Galinhas-PE


PROGRAMAÇÃO PRELIMINAR


14.09.2011 - (QUARTA-FEIRA)
9h – Solenidade de Abertura
Dr. Roberto Luiz d’Avila – Presidente do CFM

9h15 às 10h Conferencia – A terceirização da saúde no mundo
Conferencista: Prof. Dr. Rui Nunes – Catedrático de Bioética da FMUP – Porto/Portugal – (1h)

10h às 11h MESA: Economia e Saúde
Coordenador: Dr. Carlos Vital Tavares Correa Lima
Secretário: Dr. Desiré Carlos Callegari
Expositores: Prof. Dra. Guilhermina Maria da Silva Rego – Economista, Doutora pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto – Portugal – (30’)
Prof. Dr. Marcos Bosi Ferraz – Professor Titular da Universidade de São Paulo – (30’)

11h às 12h Debates

12h30 às 13h Intervalo para almoço

13h às 13h30 Lançamento do livro “Diretivas Antecipadas” de autoria do Prof. Rui Nunes

13h30 às 15h MESA: “Política Nacional de Atenção às Urgências/Emergências”
Coordenador: Dr. Emmanuel Fortes Silveira Cavalcante
Secretário: Dr. Frederico Henrique de Melo

Expositores: Dr. Paulo de Tarso Monteiro Abrahão – Coordenador Geral de Urgência e Emergência da SAS/MS - (30’)
Dr. Armando De Negri Filho – Coordenador Geral da Rede Brasileira de Cooperação em Emergências - (30’)
Dr. Mauro Brito Ribeiro – Coordenador da Câmara Técnica de Urgência e Emergência do CFM – (30’)

15h às 16h Debates

15.09.2011 - (QUINTA-FEIRA)
9h às 10h Conferência: “Principais dificuldades dos médicos da América Latina”
Conferencista: Dr. Alarico Rodriguez (Sindicato Médico do Uruguai)1h
10h às 11h MESA: Ibero-América: Sistemas Nacionais de Saúde e seus Desafios”
Coordenador: Dr. Aloísio Tibiriçá Miranda
Secretário: Dr. Henrique Batista e Silva
Expositores: 1 - PORTUGAL - Dr. José Manuel Silva - Bastonário da Ordem dos Médicos de Portugal – (30’)
2 - ESPANHA – Dr. José Rodrigues Sendin – Presidente da OMC – (30’)

11h às 12h Debates

12h às 13h Intervalo para almoço

13h às 14h CONTINUAÇÃO DO TEMA
Coordenador: Dr. Aloísio Tibiriçá Miranda
Secretário: Dr. Henrique Batista e Silva
3 – CONFEMEL: Dr. Douglas León Natera – Presidente da CONFEMEL – (30’)
4 – BRASIL – Dr. Emmanuel Fortes da Silveira Cavalcanti – (30’)

14h às 15h Debates
15h às 16h Conclusões e Deliberações
20h Atividade Institucional

16.09.2011 (SEXTA-FEIRA)
9h às 10h Conferência: Privacidade e Intimidade na era tecnológica
Conferencista: Dr. Roberto Delmanto (Advogado)- (1h)


10h às 11h MESA: Transplantes de Órgãos: Ficção ou Realidade?
Coordenador: Dr. José Hiran da Silva Gallo
Secretário: Dr. Gerson Zafalon Martins
Expositores: Dr. Heder Murari Borba – Coordenador do Serviço de Transplante do Ministério da Saúde – (20’)
Dr. Ben-Hur Ferraz Neto – Presidente da associação Brasileira de Transplante de Órgãos – (20’)
Dr. Joel Andrade – Coordenador de Transplantes de SC – (20’)

11 às 12h Debates

12h às 13h Intervalo para almoço

13h às 14h30 MESA: “Quantos Médicos o Brasil precisa?”
Coordenador: Dr. Roberto Luiz d’Avila
Secretário: Dr. José Fernando Maia Vinagre
Expositores: 1 – Prof. Milton de Arruda Martins – Secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde/MS(15’)
2 – Dr. Carlos Vital Tavares Corrêa Lima – Vice-Presidente do CFM – (15’)
3 – Dr. Cid Célio Jayme Carvalhaes – Presidente da FENAM – (15’)

14h30 às 16h Debates

16h Encerramento
ProgICongPM – 15.08.2011

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EVENTOS CFM - I Congresso de Politicas Médicas
DATA - 13/17/SETEMBRO/2011 HOTEL ARMAÇÃO PORTO DE GALINHAS

REFLEXÃO




O IMPOSTOR. AQUELE QUE ENGANA COM FALSAS APARÊNCIAS, POR QUE TANTO ÓDIO, INTOLERÂNCIA A MINHA PESSOA? ESTUDOS PISCANALITICOS APONTAM QUE AQUILO QUE AS PESSOAS MAIS COMBATEM É JUSTAMENTE O QUE EXISTE DE MAIS RECÔNDITO DENTRO DELAS...



"QUE TODO MUNDO É PERVERSO, QUE A RAIVA TORNA AS PESSOAS ENGENHOSAS E QUE A LEI; AS TORNARIA BOA" MAQUIAVEL



"É DIFICIL ENCONTRAR LENTES PARA ENXERGAR ATRIBUTOS NAS PESSOAS, INFELISMENTE TEM PESSOAS PORTADORES DE LENTES EMBAÇADAS".

25 de julho de 2011

ACÓRDÃOS SOBRE PRESCRIÇÃO E DIAGNÓSTICO PRIVATIVOS DO MÉDICO


“... o que importa o reconhecimento pelo próprio Decreto-Lei, de que o diagnóstico da doença, a prescrição do método ou técnica de cura, a supervisão da aplicação desses métodos ou técnicas – que não se confunde com a simples execução deles – e a alta do paciente, estão a cargo não dos fisioterapeutas, mas de quem tem capacidade que estes não possuem: os médicos especialistas nesse terreno. Medicina, como profissão, não é ciência pura, mas, ao contrário, arte e, portanto, aplicação de conhecimento científico na prática. E nessa aplicação, quem tem capacidade para diagnosticar a doença, escolher o tratamento adequado, supervisioná-lo e dar alta, tem de ter, obviamente, capacidade para executar esse tratamento, que é ínsito à profissão médica especializada nesse ramo da Medicina (Representação de Inconstitucionalidade n.º 1056-2-DF, DJ. 26.08.1983. Relator: Min. Décio Miranda) (grifamos)


“..............................................A profissão de fisioterapeuta está regulamentada pelo Decreto
-Lei nº 938/69. Suas atribuições estão elencadas no artigo 3º, e são as seguintes:
“Art. 3º - É atividade privativa do fisioterapeuta executar métodos e técnicas terapêuticas e recreacionais com a finalidade de restaurar, desenvolver e conservar a capacidade física do paciente”. (grifei)
O artigo 4º do referido Decreto-Lei, por sua vez, assim dispõe:
“Art. 4º - É atividade privativa do terapeuta ocupacional executar métodos e técnicas terapêuticas e recreacionais com a finalidade de restaurar, desenvolver e conservar a capacidade mental do paciente”.
Portanto, a lei não permite ao fisioterapeuta ocupacional fazer diagnóstico e indicar o tratamento a ser feito, matéria reservada aos médicos da área, mas tão-somente, executar os métodos e técnicas pelos médicos indicados.
Certamente, o diagnóstico de incapacidades físicas e mentais e a indicação do tratamento adequado está reservado aos médicos que, por formação, estão habilitados à constatação de moléstias e à indicação dos respectivos tratamentos. É bem acentuada a distinção entre médicos e fisioterapeutas. Enquanto os primeiros estudam o corpo humano como um todo, anatômica e fisiologicamente, e, por isso, podem, receitar e indicar tratamentos, os fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais estão preparados para executar os métodos e técnicas indicadas pelos médicos especializados, de acordo com a área afetada que necessite de recuperação, física ou mental“. (TRF da 4a. Região, AC – 97.04.39506/RS, 3a. Turma, Unânime, Rel. Des. Federal Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, DJU 25.6.2003, página 698)

(....)


“... A autonomia na prescrição de medicamentos, a intervenção em problemas de saúde, a elaboração de diagnóstico e a solução de problemas de saúde detectados exorbitam a competência legal e fere a Constituição, no art. 5º, XIII, que dispõe: “É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer” (grifei). 9. Assim, os dispositivos da resolução acarretam lesão à ordem jurídica, nesta compreendida a ordem administrativa. 10. No caso, quanto à saúde pública, se de um lado, tem o Poder Público a obrigação de garantir melhores condições de acesso a programas de saúde, de outro lado, deve assegurar a segurança e eficácia do tratamento oferecido. Ora, a lesão à saúde decorrente de falta de qualificação profissional do enfermeiro transcende o prejuízo causado pela redução no atendimento à população, tendo em vista que acima da garantia de acesso a programas de saúde pública está a eficácia e a segurança desses tratamentos. Portanto, a ausência de segurança e eficácia no tratamento pode acarretar lesão mais grave a saúde pública porque atenta diretamente contra a vida. 11. Ressalte-se que as normas da Resolução do Conselho Nacional de Educação, CNE/CES Nº 3, de 7 de novembro de 2001, que serviram de base à Resolução COFEN 271/2002, tivessem sido implantadas em todos os cursos de enfermagem existentes no país, não tornaria habilitados os profissionais que se encontram atualmente em atividade, uma vez que só entrou em vigor a partir de 9 de novembro de 2002, data de sua publicação. (SUSPENSÃO DE SEGURANÇA N. 2004.01.00.035690-0/DF, RELATOR: DESEMBARGADOR FEDERAL-PRESIDENTE, DJ. 08.04.2005).

16 de julho de 2011

A FORMAÇÃO DOS MÉDICOS ESPECIALISTAS

Caros e ilustres amigos,


As Tribunas para defesa dos interesses públicos são fundamentais ao progresso do Estado, construído com alicerce em esforços envidados com respeito e consideração pelo princípio de justiça social. Retorno, portanto, aos comentários sobre a formação de médicos especialistas, muitas vezes, publicizada de forma dúbia e temerária, por induzir os profissionais e à população a interpretações equivocadas e prejudiciais a assistência à saúde.

Neste sentido, a FIOCRUZ em recentes esclarecimentos, levou ao conhecimento público, suas preocupações com a exata compreensão da titulação obtida por meio de cursos ministrados em caráter de lato sensu, com referências específicas ao Curso de Infectolocia Neotropical da Amazônia.

Para que não pairem dúvidas, é imperativo reiterar que esse Curso oferece, apenas, a oportunidade da aquisição de valores acadêmicos, sem outorga de título de especialista em qualquer contexto de capacitação profissional na Medicina. De acordo com declaração emitida pelo MEC.

Torna-se evidente que tal curso não pode ser concebido como subsidiário da proposta, do Governo Estadual, de novo modelo para formação de médicos especialistas.

Concluo sem linguagem erudita ou rebuscada, mas, escrita com clareza, a principal qualidade do estilo: o Curso de Infectologia Neotropical da Amazônia ou qualquer outro em lato sensu, não formam especialistas médicos e não podem ser divulgados ou veiculados com essa finalidade em meios publicitários, sob pena de configuração da propaganda enganosa.


Hiran Gallo

JOSÉ ADELINO, O MÉDICO DAS CRIANÇAS




A pediatria em Porto Velho teve como precursor o médico José Adelino da Silva. Até os idos anos 1960, havia por aqui clínicos e cirurgiões gerais. Alguns praticavam anestesiologia. Não se falava, ainda, em especialistas com residência médica, que começaram a chegar ao então Território de Rondônia na década seguinte.

Dr.Adelino, como era conhecido em nosso meio, nasceu em Boca do Acre, Amazonas, no dia 29 de dezembro de 1936. Veio com sua família para Porto Velho ainda adolescente, no início dos anos 1950. Então, estudava o secundário em Manaus, onde permaneceu até a conclusão do Curso Médio (hoje, o Segundo Grau). Em 1964, iniciou os estudos de medicina, na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Pará, onde se formou em 1969.

Dada sua afeição pelas crianças, durante os tempos de faculdade, Adelino se dedicou, com mais afinco, ao estudo da pediatria. Ele sabia que criança não é um adulto pequeno. Há peculiaridades que requerem atenção específica do médico ao paciente nesse período da vida. A relação médico-paciente exige uma percepção especial, na qual Adelino era um mestre.

Quando começou suas atividades por aqui, em um modesto consultório na Rua José do Patrocínio, próximo à José de Alencar, Adelino virou uma página histórica no atendimento médico fora das unidades públicas. Antes dele, os médicos, todos funcionários públicos, quando não estavam nas unidades de saúde do governo, atendiam em diminutos recintos em fundos de farmácias. E mais, Adelino assumiu que era pediatra. É claro que era instado a atender também adultos, dado o reduzido número de médicos nesta região.

O eminente pediatra ganhou logo a simpatia daqueles que o procuravam com seus filhos enfermos. Intimista no jeito de atender seus pequenos pacientes, não poupava repreendas às mães que demoraram a levar seus filhos doentes para os cuidados médicos ou que não obedeciam suas recomendações. As admoestações do pediatra, que logo se tornava amigo de todos que o procuravam, eram entendidas pelos pais como preocupação sincera do médico com a saúde de seus filhos – ele não se continha quando via crianças com unhas sujas e outras faltas de higiene, por exemplo.

O Dr. Adelino era um filantropo por natureza. Jamais se soube de alguém sem recursos que o procurou e que deixou de ser atendido por ele. Por isso, pela sua competência profissional e pelo seu jeito simpático e alegre de lidar com as pessoas, Adelino ganhou a confiança e o respeito da comunidade. Não é demais dizer que foi o médico mais popular que Rondônia conheceu em seu tempo. Além de pediatra, foi legista por muitos anos. Idealizou e estruturou o Instituto Médico-Legal. Fez ainda incursões na militância político-partidária. Como era de seu feitio, defendia suas ideais com muita convicção e veemência.

José Adelino, o médico das crianças do passado de Porto Velho, faleceu precocemente, vítima de atropelamento, nas proximidades da Unir, por volta das 19 horas do dia 30 de agosto de 1992.

Reconhecido pelos relevantes serviços prestados a nossa gente, o Dr. Adelino foi homenageado pela presença maciça de pessoas de várias classes sociais em seu funeral, que o pratearam com muita emoção. Depois vieram as homenagens oficiais: seu nome foi dado ao Instituto Médico-Legal, a duas ruas e a um parque para práticas esportivas, onde caminhava com frequência ao amanhecer.

O querido médico deixou o maior legado que um ser humano pode deixar para avalizar, com gratidão, sua existência: a saudade de muitos que ainda se emocionam quando falam nele.




12 de julho de 2011

CHARGE


PROCURA-SE; MINISTRO QUE NÃO SEJA CORRUPTO PARA RELACIONAMENTO DE LONGO PRAZO. MUITO BOA ESSA CHARGE, DO PAIXÃO NA @gazetadopovo, ISSO MOSTRA A FALTA DE SORTE QUE A DILMA ESTÁ TENDO COM SEUS RELACIONA... DESCULPE!! SEUS MINISTROS

7 de julho de 2011

CONSIDERAÇÕES SOBRE O NOVO MODELO DA FORMAÇÃO DE MÉDICOS ESPECIALISTAS, PROPOSTO PELO GOVERNADOR DO ESTADO DE RONDÔNIA



Caros conterrâneos, diletos amigos, preclaros governantes e, demais igualmente ilustres administradores dos interesses públicos no Estado de Rondônia.
Na condição de membro do Órgão Supervisor da Ética Médica na República, motivado por deveres e direitos de cidadania e, pelos compromissos assumidos no exercício da medicina, profissão humanística e humanitária, torna-se necessário tecer considerações sobre o novo modelo da formação de médicos especialistas, proposto pelo Governador do Estado.
Os esforços envidados para prevenção de doenças, promoção e recuperação da saúde, são merecedores dos melhores elogios, enquanto orientados por princípios éticos e morais. Nessa linha de conduta, o Governador continuará depositário do nosso crédito e das nossas esperanças.
Portanto, nas considerações que passo a fazer, não há emissão de juízo do mérito das suas intenções, mas, de críticas destinadas às contribuições para consecução dos objetivos de serviços assistenciais de saúde condignos do nosso povo.
Tal assertiva tem lastro filosófico no aforismo hipocrático: “a vida é breve, a arte longa, a ocasião fugaz, a experiência insegura e, o juízo difícil”.
Não obstante, o modelo proposto pelo Governador, para formação de médicos especialistas ou pós-graduados como especialistas (?), em cursos ministrados em exiguo período de tempo, um ano de duração, obedece a lógica da lei da oferta e procura, típica do trato mercantil, ou seja, especialista em quantidade, formação sem zelo pela qualidade do ensino ou aprendizado do seu mister, na premissa de que para quem não tem nada, qualquer coisa serve. Isso é muito comum no Brasil.
Entretanto, a boa formação de médicos especialistas, de acordo com o reconhecimento de experiências internacionais e com as determinações do MEC/AMB/CFM, exige vários anos de preparação e vivências.
A proposta do Governador é paradoxal as preocupações e ações dirigidas a manutenção da saúde e da vida do ser humano, com base em princípios imutáveis, nomeadamente, de igualdade, solidariedade e prudência.
Não há de se admitir uma medicina pobre para os pobres ou mais carentes, a imensa maioria da população.
Quando trata-se da formação de recursos humanos para o labor em área essencial e de complexo caráter técnico-científico, os caminhos recomendáveis, condizentes, com discursos e promessas de campanha eleitoral, de investimentos adequados e de prioridadeà saúde pública, não podem ser percorridos em curto prazo, por meio de transportes miraculosos, condutores de mais desrespeitos e sofrimentos ao nosso povo.
Na área de saúde, as soluções desejadas devem estar embasadas em honestidade, parcimônia, seriedade e reponsabilidade social.
Para a disponibilidade de médicos especializados em número suficiente à demanda assistencial, há de se ter um plano de carreira, salários justos e condições de trabalho compatíveis com a prática médica contemporânea, comprometida com ciência e dignidade.
Investindo-se nisso, anestesistas, neurocirurgiões, ortopedistas e, os mais diversos especialistas médicos requisitados, viriam, do Rio de Janeiro, de São Paulo e dos outros estados da Federação, exercer suas atividades profissionais em Rondônia.
Protesto por vontade política determinante de critérios éticos e morais imprescindíveis à dignidade humana nos serviços de assistência à saúde da população do Estado.
Enquanto isso não ocorrer, desprovido de politicas partidárias de causas menores, estou decidido e pronto, não para confrontos ou brigas, mas, para uma postura inarredável, de críticas, reflexões e atitudes na defesa das mais legitimas prerrogativas dos médicos e do nosso povo.


JOSÉ HIRAN DA SILVA GALLO
Diretor Tesoureiro do Conselho Federal de Medicina

5 de julho de 2011

DETRATORES DA CLASSE MÉDICA





Maus colegas são ervas daninhas que existem em todas as profissões. Geralmente, um mau médico em relação a seus pacientes é também mau colega. Questão de índole. A incompetência convive melhor com esses desvios de comportamento do que a boa formação científica. Ao tempo em que a boa formação ética, de modo ainda mais enfático, rejeita essa atitude deletéria de tais parasitas classistas de alta patogenicidade.

Os motivos que levam esses indivíduos a agir de modo dissonante em relação a seus colegas são diversos. O erro essencial de caráter, sem dúvida, é a raiz da questão. Ao invés de imitarem os bem-sucedidos na profissão e na vida, preferem montar armadilhas ao longo do caminho para que caiam em uma delas e, de preferência, não mais se levantem. A maledicência é sua arma mais insidiosa e letal. Com ou sem motivo, vivem a disseminar a discórdia e a difamação. Quando têm oportunidade de fazer isto sob as luzes dos refletores da mídia, posam de vestais, donos de todo o saber, de toda a verdade, de toda a moralidade.

Um fator exacerbador de tais atitudes deletérias é a ascensão desses maus médicos ao poder. O desequilíbrio emocional provocado pelo cargo de chefia, a síndrome popularmente conhecida como "chefite", vem acarretar nesses indivíduos uma compulsão que libera impulsos de um frenesi incontido. O deslumbramento é tal que os embriaga a razão e os torna réus da própria vaidade. Esses colegas, historicamente, têm dirigido ações ofensivas contra os interesses dos médicos - quando não se escondem no silêncio conivente próprio dos covardes. Uma impetuosa má conduta acomete esses pseudocolegas tão logo assumem um cargo, ainda que de pouca relevância. Desfilam ordens cerceadoras de nossa liberdade profissional, agressoras às nossas idoneidade e competência, acintosamente perpetradas através de insistentes e irresponsáveis documentos. Quando não, arquitetam, nos bastidores, conspirações contra aqueles que, por vezes, têm como únicos obstáculos para a convivência com esses tais a competência e a sinceridade. Avessos a críticas, ainda que construtivas, preferem os bajuladores, os subservientes.

Que propósitos levariam tais colegas a atitudes tão deploráveis? Os algozes da classe médica respondem ter compromisso de lealdade e fidelidade com seus patrões. Mentira! Sabemos que renegam os interesses de seus empregadores porque, na maioria das vezes, recebem salários vis. Mesmo assim, optam por agredir aqueles que por bom-senso e ética deveriam defender.

Obviamente, não faço aqui a apologia do corporativismo incondicional. O que prego é a observância aos princípios éticos que norteiam nossa conduta profissional. Médico que conspira levianamente contra seus colegas de classe não é digno dela, principalmente em se tratando da nossa, que sofre todo tipo de preconceito e pressão social. Exigem-nos o sacerdócio, mas não respeitam nossos direitos de cidadãos, de seres humanos que somos. Confunde-se, dolosamente, esse alardeado sacerdócio com voto de pobreza, com submissão aos caprichos reprováveis de pacientes e seus afins. Sacerdócio sim, mas no sentido de atendermos com denodo àqueles a quem assistimos, colocando nossa ciência e virtudes humanitárias em favor de sua recuperação. "Ser médico, no entender do doente, significa ser sempre jovial, educado, paciente, resignado, abnegado e até ter, às vezes, obrigação de trabalhar de graça, a qualquer tempo, de dia ou de noite."

"Os pacientes exigem perfeição a qualquer custo, e mesmo os deslizes humanamente possíveis, infelizmente, são imperdoáveis e coexistem a alguns milímetros da difamação", ensina Ubirajara Dutra Garcia. A sociedade quer ser bem tratada pelo médico, mas não o trata na mesma proporção. É o tributo que, lamentavelmente, temos de pagar por termos escolhido uma profissão que convive com seu semelhante na fronteira entre o amor e a rejeição, a afeição e o ódio. Isto acontece porque o ser humano é refratário a todo poder que a ele se impõe. O poder científico da cura submete as pessoas à decisão médica num momento da vida em que se encontram mais fragilizados.

Como se não bastasse todo esse fogo cruzado, por vezes ainda temos que aturar esses colegas malformados a atear a fogueira que nos ameaça permanentemente. Definitivamente, ele precisa ter a consciência de que macular a imagem do médico não prejudica somente ao médico atingido diretamente mas, por extensão, a toda uma classe, a todos os que dele necessitam por motivo de doença. "Com enorme freqüência ouço médicos pichando colegas somente porque não concordam com os enfoques alheios. Ouvir um profissional arrasar outro pode ser tremendamente desmoralizante para o paciente. O feitiço pode virar contra o feiticeiro, e minar a confiança no médico acusador, além de diminuir o respeito a uma profissão que, mais do que a maioria das outras, depende da confiança para funcionar com eficácia. Em última análise, a crítica ferina corrompe a capacidade de cura dos médicos", admoesta Bernard Lown. Por isso, tais falsos colegas, traidores dos ideais hipocráticos, devem merecer veemente repúdio, objetivas reações saneadoras e justas penalidades no âmbito dos conselhos de ética e da justiça comum.

O Código de Ética Médica, em seu artigo 19, postula a boa convivência: "O médico dever ter, para com os seus colegas, respeito, consideração e solidariedade, sem, todavia, eximir-se de denunciar atos que contrariem os postulados éticos à Comissão de Ética da instituição em que exerce seu trabalho profissional e, se necessário, ao Conselho Regional de Medicina".

O momento, portanto, é de reflexão para todos nós. Ou tomamos providências contra esses elementos lesivos à classe ou teremos que dar respostas à nossa consciência profissional pelo estado letárgico e permissivista que assumimos. A imagem do médico já está muito dilacerada, dispensa a "colaboração" danosa desses tipos. Ou eles reavaliam suas posições e se corrigem ou teremos que corporificar forças para extirpá-los de nosso meio, tais como cânceres que são, condenando-os à repulsa e ao alijamento.



Hiran Gallo