Os Senadores Waldir Raupp e Tomás Correia, nossos agradecimentos pela aprovação da regulamentação da profissão do médico, protegendo a Sociedade Brasileira.
No Brasil, os marcos da cidadania são
construídos com a consciência do poder de um povo antes de tudo forte. Os
atuais movimentos sociais expressam a capacidade de um povo, paciente e de
índole pacífica, de ter fé na vida, de exigir justiça, liberdade e autonomia,
com dignidade e altivez. Mas os anseios coletivos não se expressam apenas nas
ruas, mas nos espaços de debate, como no Senado Federal.
Foi nesta arena democrática que, no dia 18 de junho de
2013, se consolidou um momento histórico, de conquista social e de reconhecimento
de direitos para a classe médica e para a população brasileira.
Nesta data, com a aprovação do Projeto de Lei 268, os
médicos têm o seu ato profissional reconhecido, outorgando a esta categoria o
privilégio da realização de diagnóstico de doenças e da prescrição de
tratamento.
Não por mera coincidência, que este avanço se insere no
âmbito do despertar de um novo Brasil, instituindo-se, assim, o segundo grande
marco regulatório da medicina contemporânea no País. O primeiro vem de 1957,
quando foram criados por lei os Conselhos de Medicina, que, em seu conjunto,
formam autarquia federal.
Somos ao mesmo tempo protagonistas e testemunhas de uma
conquista meritocrática, consequência de 12 anos de persistência, tenacidade e
dedicação a uma causa impositiva de dignidade profissional e responsabilidade
social.
Novas conquistas virão nos caminhos
trilhados pelo povo, pelos médicos e pelos conselhos de medicina. Jamais nos
afastaremos de nós mesmos, continuando a compartilhar as razões da esperança no
futuro de uma medicina mais valorizada em uma sociedade igualitária e
solidária.
Apesar dessa vitória, não podemos
esmorecer e deixar brechas para que os Conselhos de Medicina, espaços legítimos
de defesa do bom exercício profissional e da qualidade da assistência, percam
sua autonomia, sendo aparelhado ou submetido às vontades de qualquer órgão
público.
Certamente, o médico rondoniense estará atento às
manobras sutis e registrará sua resistência às tentativas de subordinar as
lutas da categoria aos interesses de grupos ou instituições. Por isso, amigos,
o momento pede alerta redobrado e união para enfrentar o rigor de mais essa
batalha.
HIRAN GALLO
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